terça-feira, 24 de junho de 2014

EU


Eu que às vezes me espalho
Corto as cartas do baralho
Me confundo, me atrapalho
Eu Que às vezes fico distante
Caindo, levantando vou seguindo adiante
Eu que busco da estrela o brilho
Canto da canção o estribilho
Eu que choro como criança
Lembrando a doce infância
Eu que estou sempre ao teu lado
Com meu coração apaixonado
Eu que com você contemplo aquele arbusto
 E admiro do artista o busto
Eu que sempre faço o que quero
E por teu amor sossegado espero
Eu que amo todas as flores
Curto da vida todos os amores
Eu que brinquei de boneca
Esqueço o café na caneca
Eu que todo dia te desejo
Pra me dar o teu beijo
Eu que fico à sua espera
Debruçada na janela
Contemplando a paisagem bela
Eu que por você vou ao inferno
E te tenho em meu leito no inverno
Eu que canto uma canção
Que fala de coisas do coração
Fala de um sonho
De um desejo, um amor
De uma grande paixão
Eu que sou aquela luz que se ofusca
Eu que na negritude da noite te busca
Para que fiques comigo
Pois já não aguento esse castigo
Eu que fico ao seu dispor
Sem medo sem nenhum pudor
Somente para provar do teu corpo o sabor
Eu que não quero vê-lo partir
Para não ter que deixar de sorrir
Triste por sua ida
Sem achar para esse amor a saída
Eu que sou seu passado
Presente e futuro
Que te vigio por traz do muro
Por esse meu amor obsceno, obscuro
Eu que sou assim todo sem jeito
Eu que não vejo em você defeito 
Eu que por você, lavo passo, cozinho
E a noite me entrego em teu ninho
Eu que sou como pássaro que voa
E que me sento no balanço á toa
Eu que me balanço na rede
À espera que você chegue
Eu que em meu caderno rabisco
Enfrento da vida o risco
Eu que com meu coração desatento
Da vida quero um alento
Eu que estarei sempre contigo
Mesmo que me queiras como amigo
Eu que por você choro escondido
 Sufocando os meus gemidos
Por horas e minutos seguidos
Eu que ouço no radio a canção
Enquanto penso no refrão
Eu que pensando em você
Escovo meus dentes
 Passo nos cabelos o pente
Eu que te admiro, te que elogio
E que quase te perco por um fio 
Eu que te dou meu carinho
E me atravesso em seu caminho
Eu que às vezes sou você
Dentro de você que é eu
Eu que por você perco o eixo
Mordiscando teu queixo
Eu que a face te beija
E por você me faço meiga
Eu que te acalento em meus braços
Ouço do teu coração o compasso
Eu que te digo! “meu pequeno”
E acaricio teu corpo moreno
Eu que fiz de você meu sol
Que te fiz minha lua

A ti entrego minha alma nua!

4 comentários:

  1. Belíssimo poema que fala tanto de você, até mais do que talvez devesse... Amo você viu amiga querida?
    Bjusss

    ResponderExcluir
  2. Ai Suzana assim você me emociona,acho que é só você e eu que me amam mesmo!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Fala sério né amiga?!? Eu e toda torcida do Santos né?
      Bjussss

      Excluir