Meu eu é assim, desajeitado
descompensado inibido
Muito complicado
Sem
querer exagerado
Meu eu, tem um jeito criança
Que sonha e tem esperança
Meu eu tem jeito maroto
ingênuo,
quase esperto, um pouco burro
Meu eu, sempre fala coisas
Que eu não quis dizer
Confunde-me, me deprime
Mas é de um amor sublime
Meu eu, é quase sem graça
Quando com você passeia pela praça
Meu eu, busca uma razão de ser
Assim sem querer
Ah! Esse meu eu que nada explica
Mas que da vida necessita
Meu eu, sem identidade
Tem mentiras, tem verdades
Meu eu tem algo de lúcido
Mas
vai ao extremo da utopia
E me traz alegria
Meu eu, faz da busca uma razão
Pra viver só de amor e paixão
Esse meu eu é quase louco
Na
vida vive dando o troco
Meu eu é sem pudor, não tem medo
De
mostrar sua dor
Meu eu, é insensato, puro
Sem tempo nem contratempo
Meu eu vai à procura de outros mundos
Em questão de segundos
Meu eu é profano, é obsceno
É exótico é mundano
Passa pela vida como um aceno
Esse meu eu que vai e volta
E que torna a bater em minha porta
Mas que a ninguém importa
Meu eu
é inconfundível
Em nada desprezível
Que me deixa assim tão acessível
Meu
eu, que me faz beber um cálice de fel
Que eu o transformo num pote de mel
Meu eu, é depravado, arrumado,
Ajeitado, espreguiçado
E eu profundamente apaixonada
Meu eu faz a minha alma pura
E as
minhas mágoas cura
Meu eu, é sem compromisso
Meio omisso,
quase submisso
Meu eu é assim, enfrenta as vicissitudes da vida
e com a felicidade me brinda
Meu eu se Encontra
quando encontra você
Meu eu, tem de tudo um pouco.
Um pouco de mim, e de você
Um pouco da nossa insensatez
Por
tudo o que a vida nos fez
Meu é sem rótulos, sem títulos
Sem
lenços sem documentos
Sem adereços
Que me deixa louca
Quando em ti eu penso
Esse meu eu, esta em mim
Que esta
em você
É uma pena que você às vezes
Não percebe e ou não vê
Esse meu eu que é você!